22/Jun/2023

Os contratos futuros de milho fecharam em alta nesta quarta-feira (21/06) na Bolsa de Chicago, consolidando a quarta sessão consecutiva positiva. Os contratos foram impulsionados por uma piora na condição das lavouras nos Estados Unidos. O milho para dezembro ganhou 31,25 cents (5,23%) e fechou a US$ 6,28 por bushel. Em relatório de acompanhamento de safra divulgado após o fechamento do mercado, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) afirmou que 55% da safra de milho do país apresentava condição boa ou excelente, piora de 6% ante a semana anterior. Na data correspondente do ano passado, essa parcela era de 70%. Além disso, 96% da safra tinha emergido, ante 94% um ano antes e na média dos cinco anos anteriores.

O mercado esperava uma parcela de 59% da safra em condições boas ou excelentes. A AgResource afirmou que o mercado se antecipa à possibilidade de que haja aumento do abandono de áreas por parte dos agricultores norte-americanos. Há expectativa de que os estoques finais de milho caiam mais de 15,24 milhões de toneladas. Com a piora das condições da lavoura, os comerciantes do grão começam a se preparar para que as quebras de safra dificultem também a aquisição de milho para produção de etanol. Isso vai prejudicar as margens do etanol. Os produtores de etanol podem ser forçados a reduzir sua produção, se não houver chuvas substanciais antes do próximo mês.

Na versão final do relatório Padrão de Combustíveis Renováveis (RFS) dos Estados Unidos, a EPA reduziu o volume de combustíveis renováveis convencionais como etanol de milho para 15 bilhões de galões (56,8 bilhões de litros) tanto para 2023 quanto para 2024 e 2025. Anteriormente a agência previa 15 bilhões de galões em 2023, mas 15,25 bilhões de galões em 2024 e em 2025 (57,72 bilhões de litros). Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Em relação à 2ª safra de milho de 2023 do Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que a colheita do cereal atingiu 5,3% no País na última semana, avanço de 3,6% ante o registrado até 10 de junho. Há atraso ante a temporada anterior, quando 11,1% das lavouras estavam colhidas. O estado de Mato Grosso é o mais adiantado, com 10,9% dos trabalhos.