15/Jun/2023
A negociação de milho no spot nas regiões produtoras do País segue travada, com desacordo em torno de preços. O recuo acentuado do cereal do mês passado para cá afugenta os vendedores, que preferem guardar o milho a negociar pelos valores propostos. Mesmo que em algumas regiões a cotação pareça ter encontrado um piso, a negociação não evolui, com produtor pedindo acima do mercado.
No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, as negociações estão travadas há mais de 30 dias. Os compradores indicam entre R$ 56,00 e R$ 57,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 35 dias, mas os vendedores indicam entre R$ 63,00 e R$ 65,00 por saca de 60 Kg. Os produtores estão cautelosos e preferem aguardar. O custo de produção do milho foi elevado, houve quebra de safra e vender o milho nos níveis de preço atuais é inviável. Ainda não estão chegando volumes da 2ª safra de 2023 de outros Estados ao Rio Grande do Sul.
Em Mato Grosso, na região de Dourados, a comercialização de milho no spot segue lenta. Após a queda expressiva dos preços, as cotações parecem ter encontrado um piso na região, porém continua não agradando aos vendedores. A indicação de compra está entre R$ 40,00 e R$ 41,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento até o fim deste mês. Os produtores, entretanto, desejam entre R$ 44,00 e R$ 45,00 por saca de 60 Kg, em iguais condições. Em relação à 2ª safra de 2023, as indicações de compra estão ainda mais baixas, em torno de R$ 38,00 e R$ 40,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em agosto e pagamento no fim do mesmo mês. Mas, os produtores querem pelo menos R$ 50,00 por saca de 60 Kg.