13/Jun/2023

Os futuros de milho fecharam em alta expressiva nesta segunda-feira (12/06) na Bolsa de Chicago. Traders recompraram posições vendidas com a percepção de que o clima seco no Meio Oeste dos Estados Unidos terá maior impacto sobre o milho, cujo plantio está praticamente concluído. As apostas na alta dos preços estão mais fortes para o milho devido à previsão que continua indicando tempo mais seco. No caso da soja, ainda não há motivo para preocupação excessiva. O vencimento dezembro do milho, atualmente o mais líquido, avançou 18,75 cents (3,53%), e fechou a US$ 5,49 por bushel.

Dados de exportação dos Estados Unidos limitaram os ganhos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 1,17 milhão de toneladas de milho foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana até 8 de junho, queda de 3,12% ante a semana anterior. O enfraquecimento do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol, também pesou sobre os contratos. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho.

A colheita da 2ª safra de milho de 2023 no Centro-Sul do Brasil atingiu 2,2% da área cultivada até o dia 8 de junho, em comparação com 1,4% uma semana antes e 6,6% em igual período do ano passado, de acordo com levantamento da AgRural. Os trabalhos continuam restritos a Mato Grosso, mas a expectativa é de que as primeiras áreas do Paraná e de Goiás comecem a ser colhidas dentro de poucos dias. De um modo geral, as lavouras do Centro-Sul continuam com desenvolvimento e potencial muito bons até o momento, mas as condições climáticas precisam colaborar, pelo menos, até o fim de junho para que safra venha mesmo cheia.