07/Jun/2023
Levantamento da consultoria Céleres indica que indica que, para o milho 2ª safra, a estratégia de armazenamento da cultura deu resultado pior do que para a soja. Nas últimas 22 safras, o produtor que optou por armazenar o milho durante todas essas safras conseguiu um lucro em apenas 6 delas, enquanto teve prejuízos em 16. O custo de carregamento médio do milho é maior do que o da soja, devido aos custos fixos de cada grão. Os resultados do levantamento mostram que até o fim do período de comercialização, o milho precisaria ter valorização de 45% para que fosse viável o armazenamento.
Na média das safras em que essa estratégia mostrou benefícios o milho se valorizou 85% no fim do período. Percebe-se, portanto, que são períodos bem atípicos, em que há grandes benefícios para segurar os grãos, assim como foi na safra 2019/2020. Por ora, a probabilidade de um cenário de valorização de milho é baixa. Em relação à taxa de juros, é esperada redução nos próximos meses se confirmado um cenário de inflação controlada.
Entretanto, mesmo com a redução da taxa de juros e uma redução no custo de carregamento, o que se mostra provável é que durante essa safra a estratégia de armazenar os grãos não ofereça ao produtor brasileiro benefícios econômicos. Para a comercialização da 2ª safra de 2023, a relação entre a curva futura de preços do milho e custo de carregamento no segundo semestre de 2023 indica que a melhor decisão é a não retenção do cereal, mesmo com a queda recente de preços no mercado interno. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.