07/Jun/2023
Os preços do milho seguem pressionados no Brasil. A necessidade de garantir espaço em silos para a grande produção que está por vir, contudo, deve empurrar os produtores e outros vendedores para o mercado, inclusive porque, até o momento, faltam fundamentos consistentes que sustentem alguma perspectiva de alta expressiva dos preços do cereal. O mercado interno de milho registra preços abaixo da paridade de exportação.
Em Mato Grosso, na região de Nova Mutum, tradings e usinas de etanol indicam R$ 34,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em julho e pagamento em 2 de outubro. A ideia de produtores para voltar a vender está entre R$ 38,00 e R$ 40,00 por saca de 60 Kg, mas com o avanço da colheita na região, alguns vendedores devem aceitar fechar acordos por R$ 35,00 por saca de 60 Kg. Empresas de proteína animal seguem fora do mercado. Para 2ª safra de milho de 2024, os compradores ainda não apresentam referências de preços.
No Paraná, na região oeste, os compradores indicam entre R$ 51,00 e R$ 53,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento de 30 a 45 dias. Neste momento, tanto consumidores internos quanto tradings estão em busca de milho, mas evitam elevar propostas diante da proximidade da colheita da 2ª safra de 2023. No Porto de Paranaguá, a indicação está entre R$ 60,00 e R$ 62,00 por saca de 60 Kg, para entrega em julho e pagamento em agosto e entrega em agosto e pagamento em setembro. Os fretes subiram consideravelmente, atingindo, de Cascavel ao porto, entre R$ 11,00 e R$ 11,50 por saca de 60 Kg.