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24/Mai/2023

Estimativa para exportação de milho em 2022/2023

Segundo a Agroconsult, o Brasil deve exportar na safra 2022/2023 um total de 54,1 milhões de toneladas de milho, 16,3% acima dos 46,5 milhões de toneladas embarcadas ao exterior na temporada 2021/2022. O consumo doméstico deve alcançar 80,4 milhões de toneladas, volume 8,2% maior do que os 74,3 milhões de toneladas consumidas internamente na safra passada. O setor de proteína animal deve absorver 58,6 milhões de toneladas de milho na atual temporada, pouco além de 3 milhões de toneladas a mais do que em 2021/2022 (55,7 milhões de toneladas). O consumo da indústria de etanol também deve crescer 3,1 milhões de toneladas, de 10,5 milhões de toneladas para 13,6 milhões de toneladas em 2022/2023. Há espaço para colocar o milho brasileiro no mercado internacional, mas no segundo semestre o cereal produzido aqui competirá com o grão dos Estados Unidos.

O Brasil terá que ser eficiente para colocar milho no mercado internacional o mais rápido possível. A dificuldade de escoamento da grande safra de grãos brasileira neste ano, em todo o sistema logístico e nos portos do País, pode comprometer parte das exportações projetadas para 2022/2023. Ainda assim, o País não deve exportar menos do que 50 milhões de toneladas de milho. A situação nos portos pode comprometer os números de exportação de milho. Trata-se de um volume, somando todos os granéis, que vai passar de 200 milhões de toneladas de granéis (a serem exportadas pelo Brasil nesta safra), então haverá pressão sobre o sistema logístico e portos o ano inteiro. Em anos anteriores, as exportações de milho eram feitas com frete mais barato do que as de soja. O sistema entendia que, por ser um produto com menor valor agregado do que a soja, era necessário ajustar o valor do frete.

Neste ano, contudo, o milho começará a ser escoado enquanto a soja ainda estará sendo exportada. Será preciso exportar milho com frete de soja, o que reduz a rentabilidade e põe mais pressão sobre o sistema. A expectativa é que existe mercado para 54 milhões de toneladas de milho, existe oferta e preço para liquidar em uma condição vantajosa e competitiva. Desde novembro do ano passado, há possibilidade de exportar para China. A China já importou volumes expressivos nos primeiros meses do ano e certamente no segundo semestre grandes de milho brasileiro serão destinados à China. Há uma retomada da China ao mercado em um ambiente de oferta muito favorável. Os chineses sabem como ninguém trabalhar com o mercado a seu favor. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.