18/Mai/2023
Os futuros de milho fecharam em baixa expressiva nesta quarta-feira (17/05) na Bolsa de Chicago, após a China ter cancelado mais uma compra de milho norte-americano. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), foi cancelada uma compra de 272 mil toneladas de milho, que tinha entrega prevista para o ano comercial 2022/2023. Desde 24 de abril, os cancelamentos de compras chinesas totalizam 1,1 milhão de toneladas. O desempenho do milho também foi influenciado pela queda do trigo, que é seu substituto direto em ração animal.
O vencimento julho do milho recuou 19,75 cents (3,40%), e fechou a US$ 5,61 por bushel. O avanço do plantio nos Estados Unidos e o tempo favorável ao desenvolvimento das lavouras no Meio Oeste do país também pesaram sobre os contratos. O USDA informou que a semeadura no país estava 65% concluída até o dia 14 de maio, em comparação a 45% em igual período do ano passado e 59% na média dos cinco anos anteriores. Em Iowa e Illinois, os principais Estados produtores, os trabalhos estavam em 86% e 84%, respectivamente, ante 72% e 63% na média de cinco anos.
O mercado também foi pressionado pela expectativa de que o acordo de grãos do Mar Negro, que expira nesta quinta-feira (18/05), seja renovado. A Administração de Informação de Energia do país (EIA) informou que a produção média de etanol nos Estados Unidos foi de 987 mil barris por dia na semana encerrada em 12 de maio. No país, o biocombustível é feito principalmente com milho. O volume representa aumento de 2,28% ante o registrado na semana anterior, de 965 mil barris por dia. Os estoques de etanol caíram 0,43%, para 23,2 milhões de barris.