16/Mai/2023
A Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) estimou em R$ 215,9 milhões o volume de recursos necessário no orçamento federal para que as parcelas de financiamentos de produtores rurais atingidos pela estiagem no Estado nesta safra possam ser prorrogadas nas instituições financeiras. Um estudo da entidade estimou que as dívidas dos agricultores e pecuaristas afetados pela seca chegam a R$ 7,9 bilhões neste ano.
Como a verba destinada à equalização de juros do crédito rural no orçamento de 2023 já está quase esgotada, a Farsul sugere que seja feita uma recomposição do caixa a partir do remanejamento de recursos alocados inicialmente para a política de formação de estoques públicos (AGF), cuja aplicação está em ritmo lento. As estimativas mais recentes da Emater-RS mostram perdas de 16,3 milhões de toneladas de grãos, como soja, milho, feijão e arroz, na safra do Rio Grande do Sul devido à seca.
A falta de chuvas reduziu em quase 35% a expectativa inicial de colheita das principais culturas do Estado na temporada 2022/2023. A necessidade de suplementação orçamentária para a prorrogação das dívidas dos produtores gaúchos seria ainda maior, de R$ 350,9 milhões, mas o cálculo da Farsul exclui a demanda por subvenção do Banco do Brasil, pois a instituição tem realizado as prorrogações com recursos próprios.
Até o momento, o Banco Brasil já prorrogou R$ 2,2 bilhões em operações. Se faz necessária uma recomposição orçamentária de modo que não apenas os produtores e instituições financeiras possam exercitar o MCR 2-6-4, mas também não sejam inviabilizadas novas operações de crédito no âmbito deste e do Plano Agrícola e Pecuário vindouro. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.