13/Abr/2023

Os preços indicados para o milho da 2ª safra de 2023 estão pressionados e a negociação está ainda mais lenta. A comercialização do milho disponível está praticamente parada, com demanda fraca e restrita a consumidores domésticos. Em alguns Estados, os produtores estão firmes em suas indicações e mantêm a expectativa de que quebras regionais possam trazer algum impulso para os preços em um futuro próximo.

Em Mato Grosso, na região de Nova Mutum, a negociação de milho disponível está parada. As referências nominais de compra vêm se mantendo em torno de R$ 58,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento no curto prazo. A comercialização antecipada da 2ª safra de 2022 até avançou nos últimos dias na região, mas desacelerou agora, em virtude da queda dos preços. As usinas de etanol indicam R$ 51,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada entre junho e julho e pagamento de agosto a setembro. Os produtores insistem em pedir entre R$ 55,00 e R$ 60,00 por saca de 60 Kg.

No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, a negociação de milho no spot está parada. Os preços do grão disponível estão estáveis, mas a comercialização não anda por causa do desacordo sobre preços entre a ponta compradora e vendedora. Os compradores indicam entre R$ 78,00 e R$ 79,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em 30 dias, mas os vendedores indicam no mínimo R$ 80,00 por saca de 60 Kg, em iguais termos. Em relação ao milho futuro, da safra de verão (1ª safra 2023/2024), a negociação está parada na Região Sul. Depois de frustrações de safra, inclusive a deste ano, os produtores não se arriscam a travar grão que não terá como entregar.