04/Abr/2023
Os futuros de milho fecharam em leve baixa nesta segunda-feira (03/04) na Bolsa de Chicago. Investidores embolsaram lucros após a alta de 2,72% acumulada na semana passada. A ausência de vendas avulsas para a China nas últimas duas sessões também pesou sobre os contratos. De 14 a 30 de março, foram anunciadas vendas para o país asiático totalizando quase 3,3 milhões de toneladas. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou nesta segunda-feira (03/04), porém, que exportadores relataram venda de 150 mil toneladas de milho para o México, com entrega prevista para o ano comercial 2023/2024.
O vencimento maio do grão recuou 2,75 cents (0,42%), e fechou a US$ 6,57 por bushel. A expectativa de uma grande área semeada nos Estados Unidos é outro fator baixista para as cotações. O USDA estimou que agricultores dos Estados Unidos devem semear 37,23 milhões de hectares com o cereal neste ano. Na temporada 2022/2023, foram plantados 35,85 milhões de hectares. Analistas esperavam uma área menor. A forte alta do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol, impediu uma queda mais acentuada dos preços. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho.
Dados de exportação dos Estados Unidos também limitaram as perdas. Segundo o USDA, 1,098 milhão de toneladas de milho foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana até 30 de março, aumento de 59,5% ante a semana anterior. A StoneX reduziu sua estimativa de produção de milho 2ª safra de 2023 no Brasil, de 100,846 milhões de toneladas para 100,540 milhões de toneladas. Apesar do ajuste, o volume da 2ª safra de 2023, se confirmado, ainda será 6% maior do que o contabilizado na temporada 2021/2022, de 94,867 milhões de toneladas.