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04/Abr/2023

Revisão na estimativa para 2ª safra de milho 2023

A consultoria StoneX reduziu nesta segunda-feira (03/04) sua estimativa de produção de milho 2ª safra de 2023 no Brasil em 0,3%, para 100,540 milhões de toneladas, ante 100,846 milhões de toneladas projetadas anteriormente. O número atualizado reflete cortes nas estimativas de produtividade média, agora de 5,61 toneladas por hectare (ante 5,57 toneladas por hectare antes) e de área plantada, para 17,933 milhões de hectares (a previsão anterior era de 18,111 milhões de hectares). Apesar da perspectiva de produção menor, o volume da 2ª safra de 2023, se confirmado, ainda será 6% maior do que o contabilizado na temporada 2021/2022, de 94,867 milhões de toneladas. Grande parte da contração observada na estimativa para a 2ª safra de milho de 2023 pode ser atribuída ao corte realizado no Paraná, onde o atraso no plantio deverá resultar em área e produtividade média menores que as esperadas anteriormente, com a janela da semeadura sendo ultrapassada.

Também houve revisão para baixo a área plantada em Minas Gerais, motivada pelo receio com o clima, devido à expectativa menos favorável para os estados do Maranhão, Tocantins e Piauí, que tiveram o plantio prejudicado pelo excesso de umidade. O corte não foi maior em função de perspectivas mais favoráveis para Mato Grosso, São Paulo e Pará. Com relação à safra de verão (1ª safra 2022/2023), a StoneX aumentou em 3,8% sua estimativa de produção, para 28,596 milhões de toneladas, ante 27,554 milhões de toneladas esperadas em março. Se confirmada, a produção será 8,2% superior à do ciclo 2021/2022, de 26,434 milhões de toneladas. A perspectiva de produtividade média da 1ª safra de milho de 2022/2023 subiu de 6,55 toneladas por hectare para 6,80 toneladas por hectare, enquanto a projeção de área cultivada permaneceu em 4,207 milhões de hectares. Durante a colheita, em estágio final, foi possível observar produtividades superiores às previamente esperadas no Paraná e em Santa Catarina. Em São Paulo, apesar da redução na área plantada, a expectativa de maior produtividade resultou em uma oferta mais robusta.

No Maranhão, Tocantins, Piauí e Pará, o bom volume de chuvas ao longo das últimas semanas melhorou as condições hídricas das lavouras, resultando em expectativas mais favoráveis para a produção na região. Com as alterações promovidas nas projeções para safra de verão (1ª safra 2022/2023) e a 2ª safra de 2023, a estimativa agora é de uma produção total de 131,34 milhões de toneladas de milho na temporada 2022/2023 (considerando as 3 safras), um recorde para o País. A estimativa de exportação na temporada 2022/2023 foi elevada em 1 milhão de toneladas, para 48 milhões, considerando fatores que devem estimular a procura internacional pelo grão do Brasil, como problemas na safra da Argentina, a imprevisibilidade ligada aos embarques da Ucrânia e o acordo para exportação do milho brasileiro à China. A estimativa para os estoques finais na temporada atual, com isso, foram reduzidas para 13,830 milhões de toneladas, o que representa uma relação estoque/uso de 10,7% (ou seja, os estoques são suficientes para atender 10,7% da demanda por milho produzido no País). Em 2021/2022, a relação estoque/uso foi de 8,5%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.