31/Mar/2023
Os futuros de milho fecharam quase estáveis nesta quinta-feira (31/03) na Bolsa de Chicago, apesar do recuo do dólar ante o Real e do fortalecimento do petróleo. A queda da moeda norte-americana tende a desestimular as exportações brasileiras, enquanto a alta do petróleo melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O vencimento maio do grão cedeu 1,00 cent (0,15%), e fechou a US$ 6,49 por bushel.
A queda do trigo, que é substituto direto do milho em ração animal, pesou sobre os contratos. O mercado também foi pressionado por dados de vendas dos Estados Unidos que vieram mais próximos do piso das estimativas do mercado. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores venderam 1,036 milhão de toneladas de milho da safra 2022/2023 na semana encerrada em 23 de março. O volume representa queda de 67% ante a semana anterior e de 34% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para 2023/2024, foram vendidas 21,8 mil toneladas.
Exportadores relataram venda de 178 mil toneladas de milho para a China, com entrega prevista para o ano comercial 2022/2023. Quanto ao relatório de intenção de plantio, que o USDA publica nesta sexta-feira (31/03), analistas acreditam que a área semeada com o grão nos Estados Unidos será estimada em 36,77 milhões de hectares, ante 35,85 milhões de hectares em 2022. A expectativa de aumento pode estar ligada aos custos mais baixos fertilizantes. Em relatório separado, o USDA vai projetar as reservas de milho nos Estados Unidos.