28/Mar/2023

Os futuros de milho fecharam em alta nesta segunda-feira (27/03) na Bolsa de Chicago, influenciados pelo desempenho do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. O mercado também foi impulsionado pelo avanço do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O vencimento maio do cereal ganhou 5,25 cents (0,82%), e fechou a US$ 6,48 por bushel. A melhora da demanda externa pelo grão norte-americano é outro fator altista para os preços.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 112,8 mil toneladas de milho para destinos não revelados, com entrega prevista para o ano comercial 2022/2023. Nas duas semanas anteriores, foram relatadas vendas de 2,6 milhões de toneladas para a China. Dados publicados nesta segunda-feira (27/03), porém, mostraram que 666.325 toneladas de milho foram inspecionadas para embarque em portos dos Estados Unidos na semana até 23 de março, queda de 44,10% ante a semana anterior. No ano comercial 2022/2023, o volume inspecionado soma 18,2 milhões, queda de 37% ante igual período do ciclo anterior.

A AgRural informou que o plantio da 2ª safra de milho de 2023 no Brasil continuou avançando nos últimos dias, embora a janela ideal já tenha se fechado desde o dia 15 de março nas áreas mais tardias. Levantamento mostrou que 96% da área estimada para o Centro-Sul do Brasil estava semeada até o dia 23 de março, em comparação com 91% uma semana antes e 100% um ano atrás. De acordo com levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC), fundos reduziram em 23,4% suas apostas na queda dos preços de milho na semana até 21 de março. A posição líquida vendida passou de 59.904 para 45.896 lotes.