27/Mar/2023

Os futuros de milho fecharam em alta na sexta-feira (24/03) na Bolsa de Chicago, ainda refletindo a demanda chinesa pelo grão dos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 204 mil toneladas de milho para a China, com entrega prevista para o ano comercial 2022/2023. Na semana passada, as vendas para o país asiático somaram 641 mil toneladas, após mais de 2 milhões de toneladas na semana anterior.

No entanto, a demanda chinesa por milho dos Estados Unidos deve se desacelerar assim que o grão brasileiro estiver disponível. O vencimento maio do cereal subiu 11,25 cents (1,78%), e fechou a US$ 6,43 por bushel. Na semana passada, acumulou ganho de 1,38%. A alta do milho também foi influenciada pelo avanço expressivo do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. A queda do dólar ante o Real, que tende a desestimular as vendas externas brasileiras, é outro fator altista para as cotações.

A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que produtores argentinos tinham colhido 5,4% da área apta de milho até a última semana, com rendimento médio nacional de 3.450 quilos por hectare. A estimativa de produção foi mantida em 36 milhões de toneladas, mas, caso a produtividade continue abaixo das expectativas iniciais, essa projeção poderá ser cortada novamente. A parcela da safra de milho em condição boa ou excelente diminuiu de 7% para 6%. A parcela em condição normal passou de 33% para 36%. O percentual em condição regular ou ruim caiu de 60% para 58%.