23/Mar/2023
Segundo a consultoria Agroconsult, a exportação de milho entre fevereiro de 2023 e janeiro de 2024 deve atingir 51,9 milhões de toneladas, 11,7% acima da temporada anterior. Além de soja, farelo e milho, também sairão do País rumo ao exterior grandes volumes de açúcar, DDG, trigo e arroz. O Brasil vai passar de 200 milhões de toneladas de graneis exportados pelos portos brasileiros pela primeira vez. A logística vai ser testada, porque não só é um volume muito grande, mas são vários produtos. Quanto à demanda externa por milho, as duas safras frustradas do cereal nos Estados Unidos, os problemas na Ucrânia devido à guerra com a Rússia, os 20 milhões de toneladas a menos que a Argentina deve colher (em relação à previsão inicial) e a demanda forte da China por importação de milho neste ano. Isso deixa o Brasil com a oportunidade de pela primeira vez ultrapassar 50 milhões de toneladas.
Mas, isso dependerá do tamanho da colheita da 2ª safra de 2023 do Brasil. Este ano, em condições quase normais, o Brasil tem a chance de ultrapassar os Estados Unidos na exportação de milho e daqui para frente rivalizar com os norte-americanos. O consumo doméstico do cereal deve alcançar 80,5 milhões de toneladas em 2022/2023, aumento de 6,9% ante o ciclo anterior. O maior aumento deve vir da demanda para produção de etanol, de 10,5 milhões para 13,6 milhões de toneladas, enquanto o consumo para proteína animal deve crescer de 56,7 milhões para 58,6 milhões de toneladas. Apesar das dificuldades enfrentadas ao longo dos dois últimos anos na suinocultura, observa-se um início de recuperação de rentabilidade com uma perspectiva positiva para este ano, com destaque para a procura por milho da avicultura e produção de leite. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.