22/Mar/2023
A consultoria Agroconsult projetou a produção da 2ª safra de 2023 de milho do Brasil em 97,2 milhões de toneladas, um aumento de 5,4% ante a temporada 2021/2022. Após chegar a projetar aumento de área, agora se espera uma repetição do plantio do ciclo anterior, de 16,7 milhões de hectares. Além da revisão do tamanho da área prevista após terem sido observados cancelamentos de pedidos de sementes nas últimas duas semanas, foi iniciado o processo de revisar estimativas de produtividade. Apesar de o desenvolvimento estar no começo, a safra deste ano ocorrerá em um calendário mais arriscado após o atraso do plantio.
As lavouras mais atrasadas terão condições menos favoráveis de fotoperíodo (duração do dia em relação à noite em 24 horas), além do risco de as chuvas não serem suficientes na fase de pendoamento, especialmente em abril e maio, e do risco de geadas precoces no sul de São Paulo, Mato Grosso e Paraná. A produção de milho safra de verão (1ª safra 2022/2023) deve alcançar 28,3 milhões de toneladas (+8,9% ante 2021/2022). A área plantada caiu de 5,5 milhões no ciclo anterior para 5,3 milhões de hectares. Esta é a primeira vez em muitos anos em que, somando as áreas de verão e de inverno, a área total é menor do que o ano anterior.
A safra de verão (1ª safra 2022/2023) não foi cheia em virtude dos problemas no Rio Grande do Sul, então já foi aquém do potencial. Imaginava-se uma safra de mais de 30 milhões de toneladas, está em 28,3 milhões de toneladas. A produção total de milho deve atingir 125,5 milhões de toneladas, aumento de 6,2% ante a temporada anterior, o que seria um recorde. Já foi mais seguro atingir esse recorde. Agora, com o plantio de milho atrasado, será preciso aferir para ver se realmente será possível atingir essa safra. Chuvas do fim de abril e maio serão importantes para consolidar o cenário previsto. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.