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22/Mar/2023

Futuros do milho recuam acompanhando petróleo

Os futuros de milho fecharam em baixa nesta terça-feira (21/03) na Bolsa de Chicago, influenciados pelo desempenho do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. Traders observaram também que, embora estejam atrasados, os levantamentos da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) mostram que fundos reduziram significativamente suas apostas na alta dos preços de milho entre fevereiro e março. De acordo com o relatório mais recente disponível, a posição líquida comprada desses agentes diminuiu 76,5% na semana encerrada em 7 de março, de 66.350 para 15.597 lotes.

O vencimento maio do grão perdeu 3,00 cents (0,47%), e fechou a US$ 6,30 por bushel. O avanço do plantio do milho 2ª safra de 2023 no Brasil também pesou sobre os contratos. A semeadura atingiu 97,94% da área em Mato Grosso, avanço semanal de 1,50%, segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Os trabalhos de campo continuam atrasados quando comparados à safra passada, mas no início do plantio essa diferença já chegou a ser muito maior, de mais de 20%. No Paraná, o plantio avançou 16% na semana passada, para 77% da área prevista no Estado, informou o Departamento de Economia Rural (Deral/Seab). Os preços recuaram apesar de novo anúncio de venda avulsa para a China.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 136 mil toneladas de milho para o país asiático, com entrega prevista para o ano comercial 2022/2023. Na semana passada, essas vendas totalizaram mais de 2 milhões de toneladas. Embora o volume anunciado seja apenas uma fração das vendas da semana passada, foi suficiente para manter viva a esperança de preços mais altos. Porém, esse otimismo deve ser temporário, já que a China provavelmente redirecionará suas compras para o Brasil assim que o milho do País estiver disponível. O fortalecimento do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol, também limitou as perdas. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho.