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21/Mar/2023

Futuros de milho em baixa acompanhando o trigo

Os futuros de milho fecharam em leve baixa nesta segunda-feira (20/03) na Bolsa de Chicago, influenciados pelo desempenho do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. Investidores também embolsaram lucros após a commodity ter acumulado valorização de 2,75% na semana passada. O vencimento maio do grão cedeu 1,25 cent (0,20%), e fechou a US$ 6,33 por bushel. A melhora da demanda chinesa pelo grão dos Estados Unidos limitou as perdas.

Na semana passada, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou vendas avulsas de mais de 2 milhões de toneladas para o país asiático. Nesta segunda-feira (20/03), o USDA informou que 1,19 milhão de toneladas de milho foram inspecionadas para exportação em portos norte-americanos na semana até 16 de março, alta de 17% ante a semana anterior. A China busca manter sob controle a inflação de alimentos e poderá importar grãos do Brasil para as reservas estatais. Embora o resto do mundo tenha visto aumentos acentuados nos preços de alimentos recentemente, a China evitou isso em grande parte por causa dos lockdowns nos últimos dois.

É provável que os grãos venham do Brasil, em meio a relações tensas com os Estados Unidos e problemas na safra da Argentina. A AgRural informou que o plantio da 2ª safra de 2023 de milho no Centro-Sul do Brasil alcançou, no dia 16 de março, 91% da área estimada, ante 81% na semana anterior e 97% em igual período do ano passado. Quem puxa o atraso são os estados de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná. A expectativa é de que os produtores continuem plantando na segunda quinzena de março, mas devem ocorrer reduções de área em algumas regiões. Além disso, as lavouras mais tardias poderão ser semeadas com menor uso de tecnologia.