20/Mar/2023
Os futuros de milho fecharam em leve alta na sexta-feira (17/03) na Bolsa de Chicago, ainda refletindo a recente demanda chinesa pelo grão dos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 191 mil toneladas de milho para China, com entrega prevista para o ano comercial 2022/2023. Este foi o quarto dia consecutivo com anúncio de venda avulsa de milho para a China. No período, as vendas superaram 2 milhões de toneladas. O vencimento maio do cereal ganhou 1,50 cents (0,24%), e fechou a US$ 6,34 por bushel. Na semana passada, acumulou valorização de 2,75%.
A China está diminuindo as compras no curto prazo, mas pode voltar para outra grande rodada de compras antes de redirecioná-las para o Brasil em junho. Preocupações com a safra da Argentina também deram suporte às cotações. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu sua estimativa para a produção do país, de 37,5 milhões de toneladas para 36 milhões de toneladas. A projeção representa queda de 16 milhões de toneladas ante a temporada anterior, quando foram colhidos 52 milhões de toneladas. Os rendimentos nas áreas semeadas mais tarde continuam sendo afetados pelas altas temperaturas. Além disso, as áreas já colhidas de milho precoce apresentam o menor rendimento em 21 anos.
Na semana passada, a parcela da safra argentina em condição boa ou excelente aumentou de 5% para 7%. A parcela em condição normal passou de 36% para 33%. O percentual em condição regular ou ruim aumentou de 59% para 60%. Os ganhos foram limitados pelo avanço do dólar ante o Real e pelo enfraquecimento do petróleo. A alta da moeda norte-americana tende a estimular as vendas externas do Brasil, enquanto o recuo do petróleo diminui a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho.