15/Mar/2023

Em Mato Grosso do Sul, apesar do avanço considerável do cultivo de milho em várias regiões na última semana, a negociação tanto no spot quanto do cereal futuro ainda não ganhou ritmo. Um dos motivos é o fato de os produtores continuarem focados nas atividades de campo, aproveitando os períodos sem chuva para recuperar o atraso. Outra razão para o baixo volume de negócios é que os vendedores especulam sobre a possibilidade de altas futuras, sustentadas por perdas no campo decorrentes do plantio tardio. Essa expectativa compromete tanto a negociação no spot quando da 2ª safra de 2023.

Na região de Dourados, os compradores do mercado interno mantêm a indicação no spot em R$ 74,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. As indústrias do Estado até precisam comprar, mas não se veem estimuladas a pagar mais por lotes pequenos. Com relação à 2ª safra de 2023, a indicação de compra é de R$ 67,00 por saca de 60 Kg, para embarque em julho e pagamento em agosto, mas não há interesse de venda no momento. Os produtores indicam entre R$ 73,00 e R$ 74,00 por saca de 60 Kg. A oferta não deve aumentar de forma expressiva antes do fim do plantio e alguns produtores devem aguardar mais, ao longo de abril, para acompanhar o desenvolvimento das plantações.

No Paraná, na região dos Campos Gerais, os compradores indicam R$ 80,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 10 dias. Para retirada em abril e pagamento em maio, as indicações de compra oscilam entre R$ 80,00 e R$ 81,00 por saca de 60 Kg. As indústrias indicam entre R$ 81,00 e R$ 82,00 por saca de 60 Kg, para entrega em abril e pagamento em maio. Os compradores estão tentando embarcar o que adquiriu anteriormente e tendo dificuldades por causa das chuvas no Estado. Por outro lado, a disponibilidade de milho, que vinha maior por causa do avanço da colheita, voltou a diminuir. Na região norte do Paraná, a indicação de compra é de R$ 83,00 por saca de 60 Kg no disponível, mas não há interesse de venda.