13/Mar/2023
Os futuros de milho fecharam em alta na sexta-feira (10/03) na Bolsa de Chicago, influenciados pelo desempenho do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. O mercado também passou por correção após ter recuado nas quatro sessões anteriores, acumulado perda de 4,42% no período e atingido o menor nível desde agosto do ano passado. O fortalecimento do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol, é outro fator altista para os preços.
Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O vencimento maio do grão subiu 5,75 cents (0,94%), e fechou a US$ 6,17 por bushel. Na semana passada, acumulou perda de 3,52%. A concorrência do Brasil, que vem exportando grandes volumes e afetando a demanda pelo grão norte-americano, impediu uma alta mais acentuada dos preços. Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o País deve embarcar entre 549 mil e 803,2 mil toneladas em março, após 1,939 milhão de toneladas enviadas ao exterior em fevereiro.
Em março do ano passado, o Brasil exportou 107,232 mil toneladas de milho. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu, no dia 8 de março, sua estimativa para exportações de milho dos EUA em 2022/23, de 48,90 milhões de toneladas para 46,99 milhões de toneladas. A previsão para o Brasil foi mantida em 50 milhões de toneladas. Os estoques do grão nos Estados Unidos ao fim de 2022/2023 foram estimados em 34,08 milhões de toneladas, em comparação a 32,17 milhões de toneladas projetadas em fevereiro.