09/Mar/2023
Produtores e compradores de milho vêm se movimentando pouco para fechar negócios no Brasil. Os preços caíram desde a semana passada, em parte por causa da maior oferta de milho da safra de verão (1ª safra 2022/2023) na Região Sul do País, enquanto os produtores não têm recuado sobre o valor desejado. A previsão de uma produção maior em Mato Grosso, grande produtor nacional de milho, é um fator de baixa, mas há incertezas sobre o tamanho da produção em outros Estados onde o cultivo está atrasado, como Mato Grosso do Sul e Paraná. Assim, participantes preferem aguardar mais tempo para negociar grandes volumes, seja pagando mais ou aceitando vender por menos.
Fecha negócio somente quem tem alguma necessidade momentânea de compra ou de caixa para pagar contas. Em Mato Grosso, na região de Campo Verde, os preços registram recuo nos últimos sete dias, o que reduz ainda mais a movimentação de lotes, que já vinha lenta. Os compradores indicam no máximo R$ 67,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada e pagamento em abril, mas os produtores mantêm postura firme (de R$ 69,00 a R$ 70,00 por saca de 60 Kg). Também há indicação de R$ 65,00 por saca de 60 Kg, para pagamento e retirada imediatos. As usinas de etanol indicam entre R$ 63,00 e R$ 64,00 por saca de 60 Kg, para retirada em abril e pagamento em maio.
Quanto à 2ª safra de 2023, tradings indicam até R$ 63,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em julho e pagamento em agosto. Os compradores do mercado interno indicam valor semelhante ao das tradings. Em ambos os casos, não há interesse de venda. No Paraná, na região dos Campos Gerais, a indicação de compra é de R$ 80,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em até 10 dias. Para retirada em março e pagamento em abril, os compradores indicam entre R$ 81,00 e R$ 81,50 por saca de 60 Kg. Para entrega em fábricas da região em abril com pagamento no fim de abril, a indicação de compra é de R$ 84,00 por saca de 60 Kg.