08/Mar/2023
As dúvidas sobre o tamanho da 2ª safra de 2023 que será colhida neste ano continuam afetando a comercialização do milho do ano passado estocado e do que está sendo plantado. A situação muda bastante de um Estado para outro: em Mato Grosso, maior produtor nacional do cereal, os produtores conseguiram recuperar o ritmo da colheita da soja e do plantio de milho; em Mato Grosso do Sul, o plantio está apenas no começo; e no Paraná, a colheita do milho safra de verão (1ª safra 2022/2023) segue a passos lentos.
Em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, a comercialização segue pontual e restrita a confinamentos. Os consumidores domésticos estão abastecidos e compram somente lotes pequenos. Há registro de negócios a R$ 74,00 por saca de 60 Kg FOB, para pagamento antecipado e retirada imediata. Para a 2ª safra de 2023, a indicação de compra é de R$ 67,00 por saca de 60 Kg, para retirada e pagamento em agosto. No Paraná, na região norte, os compradores indicam R$ 85,00 por saca de 60 Kg, para entrega em março e pagamento no fim de março.
No mercado tributado (com negócios entre Estados), a indicação no oeste de Santa Catarina é de R$ 88,00 por saca de 60 Kg mais ICMS, e no norte do Rio Grande do Sul, R$ 90,00 por saca de 60 Kg mais ICMS. Em ambos os casos, a negociação é para entrega imediata e pagamento em 30 dias. O maior volume colhido da safra de verão (1ª safra 2022/2023) está influenciando no recuo dos preços em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, pois há mais ofertas.
Para a 2ª safra de 2023, no Porto de Paranaguá, a indicação é de R$ 83,50 por saca de 60 Kg, para entrega em agosto e pagamento no fim de setembro; R$ 83,60 por saca de 60 Kg, para entrega em setembro e pagamento em 30 de outubro; e R$ 82,50 por saca de 60 Kg, para entrega em outubro e pagamento no fim de novembro. Os vendedores do Paraná, contudo, mostram pouco interesse em negociar agora.