08/Mar/2023
A União Nacional do Etanol de Milho (Unem) espera que o Brasil produza 6 bilhões de litros de etanol anidro e hidratado a partir do milho na safra 2023/2024, que se inicia em abril. O volume representa aumento de 36,7% em relação ao ciclo 2022/2023, que se encerra neste mês de março. Caso a previsão se confirme, o incremento será de 1,5 bilhão de litros na capacidade atual de produção e oferta. O incremento é justificado pela adesão do setor a tecnologias, pela ampliação da capacidade produtiva de algumas empresas e pela inauguração de novas unidades no ciclo. No próximo ano-safra, 20 indústrias devem estar autorizadas para produção de etanol de milho, 2 a mais do que em 2022/2023. As fábricas estão localizadas nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e São Paulo.
Entre alguns exemplos do segmento, a entidade destaca que Inpasa, FS Bioenergia, Cerradinho Bio e ALD Bioenergia são companhias que devem aumentar a produção na safra 2023/2024 com a inauguração de novas unidades ou expansão da capacidade das plantas. É possível ver um crescimento exponencial do setor nos últimos seis anos, que saiu de 520 milhões de litros de etanol de milho na safra 2017/2018 para as estimadas 6 bilhões de toneladas em 2023/2024. No período, foram investidos mais de R$ 15 bilhões em parques industriais de etanol de milho. O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) estima produção de mais de 10 bilhões de litros de etanol até 2030, sendo necessário outros R$ 15 bilhões de investimentos.
Alguns dos dados sobre a produção de biocombustíveis e de produtos para nutrição animal foram apresentados pela diretoria da Unem e por empresários do setor ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, nesta terça-feira (07/03). O etanol de milho se tornou uma matéria-prima estratégica para a produção de biocombustíveis utilizados em automóveis. O derivado deve fechar a atual temporada com 13,7% de participação do total de etanol consumido no País e atingir 19% do total em 2023/2024. Na safra, 14 milhões de toneladas de milho devem ser movimentadas para a produção do biocombustível, resultando em faturamento superior a R$ 25 bilhões com etanol, produtos para a nutrição animal e energia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.