03/Mar/2023
Os futuros de milho reverteram ganhos e fecharam em leve baixa nesta quinta-feira (02/03) na Bolsa de Chicago. O mercado foi pressionado por dados semanais de vendas externas dos Estados Unidos. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores venderam 598,1 mil toneladas de milho da safra 2022/2023 na semana encerrada em 23 de fevereiro. O volume representa queda de 27% ante a semana anterior e de 48% em relação à média das quatro semanas anteriores. O vencimento maio do grão recuou 2,00 cents (0,31%), e fechou a US$ 6,33 por bushel.
As perdas foram limitadas pela expectativa de que os preços mais baixos acabem atraindo demanda. Na quarta-feira (1º/03), o milho subiu menos de 1%, após ter acumulado desvalorização de mais de 7% nos cinco pregões anteriores. Com a queda ocorrida na última semana nos contratos futuros, traders estarão dispostos a comprar no início deste mês, antecipando novas revisões das safras sul-americanas pelo USDA. O USDA publica no dia 8 de março seu relatório mensal de oferta e demanda, e investidores preveem novo corte na estimativa para a Argentina.
O clima quente e seco na Argentina e atrasos no plantio do milho 2ª safra de 2023 no Brasil também impediram uma queda mais acentuada. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires cortou na semana passada sua projeção para a safra de milho da Argentina, de 44,5 milhões de toneladas para 41 milhões de toneladas. Os rendimentos verificados nas lavouras de milho precoce estão abaixo das expectativas iniciais. Quanto ao Brasil, nas áreas onde o plantio está atrasado, o milho ficará mais exposto à temporada seca, que começa em abril.