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03/Mar/2023

Projeção para safra brasileira de milho 2022/2023

A Agroconsult projeta que a safra brasileira de milho some 128,5 milhões de toneladas na safra 2022/2023, crescimento de 8,6% ante a temporada anterior, quando foram colhidos 118,3 milhões de toneladas. A safra de verão (1ª safra 2022/2023) deve somar 29,2 milhões de toneladas, enquanto a 2ª safra de 2023 deve crescer 7,4% ante a temporada 2021/2022, podendo atingir 99,1 milhões de toneladas ante 92,3 milhões de toneladas da temporada anterior. Houve redução na expectativa de crescimento, que já foi acima de 100 milhões de toneladas. A área de milho na safra de verão (1ª safra 2022/2023) deve recuar 0,9%, para 5,37 milhões de hectares, ante 5,42 milhões de hectares para a temporada 2021/2022.

Para 2ª safra de 2023, a área deve atingir 17,1 milhões de hectares, aumento de 1,8% ante 16,8 milhões de hectares semeados em 2021/2022, em virtude de reduções de área no Paraná e do cultivo fora da janela ideal, e em Minas Gerais, que foram levemente compensadas por aumento de 5,3% em lavouras cultivas em Mato Grosso e 5,2% de aumento de área no MATOPI (Maranhão, Tocantins e Piauí). A estimativa é de que 28% da área de milho 2ª safra de 2023 no País tenha sido plantada até o fim de fevereiro. O maior atraso na semeadura é reportado no Paraná, de 32%. O País irá plantar milho fora da janela ideal, principalmente no Paraná.

Mato Grosso deve semear até março, enquanto Paraná e Mato Grosso do Sul devem plantar 2ª safra de 2023 até o início de abril. Esse crescimento de 2% de área pode até não ocorrer, dependendo das chuvas. O oeste do Paraná vai plantar quase 70% da área em março. O Brasil deve exportar 53,2 milhões de toneladas de milho no ciclo 2022/2023, aumento de 14,4% ante a safra anterior, quando 46,5 milhões de toneladas foram vendidas ao exterior. O Brasil deve superar a exportações de milho dos Estados Unidos em 2022/2023, estimada em 50 milhões de toneladas. As exportações de milho brasileiro para a China devam ultrapassar de 4 milhões a 5 milhões de toneladas em 2022/2023, montante cerca de 10% do total exportado pelo País.

O País poderia chegar a mais de 50 milhões de toneladas, mesmo sem o mercado chinês porque outros destinos, que compram milho ucraniano, deixariam de ser atendidos pelos Estados Unidos e Argentina e poderiam ser atendidos pelo milho brasileiro. A longo prazo, as exportações de milho são sustentáveis. A projeção de consumo doméstico de milho em 2022/2023 é de 80,5 milhões de toneladas, aumento entre safras de 7%. Do total, 13,6 milhões de toneladas devem ser destinadas para produção de etanol (ante 10,5 milhões de toneladas do ciclo anterior) e 58,6 milhões de toneladas para alimentação animal. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.