02/Mar/2023
Os futuros de milho fecharam em alta nesta quarta-feira (1º/03) na Bolsa de Chicago. Traders aproveitaram os preços mais baixos da commodity para recomprar contratos, após o mercado ter recuado nas cinco sessões anteriores e acumulado perda de 7,32% no período. Rumores de que a China estaria interessada em comprar grandes volumes de milho dos Estados Unidos contribuíram para os ganhos. O vencimento maio do cereal ganhou 5,50 cents (0,87%), e fechou a US$ 6,35 por bushel. O enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, também deu suporte aos preços. O Brasil vem embarcando grandes volumes de milho e afetando a demanda pelo grão norte-americano.
A Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec) elevou sua previsão de exportações brasileiras em fevereiro, de 1,911 milhão de toneladas para 1,949 milhão de toneladas. A StoneX aumentou sua estimativa de produção total de milho no Brasil em 2022/2023 para um recorde de 130,6 milhões de toneladas (considerando as três safras). Na previsão anterior, divulgada em fevereiro, a projeção de colheita era de 129,9 milhões de toneladas. Com produção recorde, o Brasil conseguirá ampliar as exportações do cereal. A estimativa de embarques foi elevada em 1 milhão de toneladas, para 47 milhões de toneladas.
Dados divulgados pela Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos (EIA) mostraram que a produção de etanol no país diminuiu na semana passada. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. A produção média no período foi de 1,003 milhão de barris por dia, queda de 2,53% ante a registrada na semana anterior, de 1,029 milhão de barris por dia. Os estoques do biocombustível diminuíram 3,1%, para 24,8 milhões de barris. Tanto a produção quanto os estoques vieram abaixo das estimativas do mercado.