28/Fev/2023
Os futuros de milho fecharam em baixa nesta segunda-feira (27/02) na Bolsa de Chicago, influenciados pelo desempenho do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. O enfraquecimento do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol, também pesou sobre as cotações. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O vencimento maio do grão recuou 5,75 cents (0,89%), e fechou a US$ 6,43 por bushel.
As estimativas para a safra norte-americana divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na semana passada continuaram influenciando os negócios. Os preços seguem no menor nível em mais de dois meses após o Fórum de Perspectivas Agrícolas do USDA. A agência projetou a área de milho em 2023/2024 em 36,83 milhões de hectares, aumento de 2,7% ante a temporada 2022/2023. A produção nos Estados Unidos deve alcançar 383,18 milhões de toneladas na temporada 2023/2024, aumento de 9,83% e, se realizada, a segunda maior produção já registrada no país.
A produtividade deve aumentar 4,73%. Os estoques finais devem ter aumento de 8% ante o ciclo anterior. O USDA informou que 572.622 toneladas de milho foram inspecionadas para exportação em portos dos Estados Unidos na semana até 23 de fevereiro, queda de 8,20% ante a semana anterior. No ano comercial corrente, o volume inspecionado é de 14,3 milhões de toneladas, 38% menor do que o verificado em igual período do ciclo anterior.
Quanto ao Brasil, a AgRural disse que o plantio da 2ª safra de 2023 alcançou, no dia 23 de fevereiro, 55% da área estimada para o Centro-Sul do Brasil, com bom avanço sobre os 40% da semana anterior. Mesmo assim, ainda há atraso em relação aos 63% de um ano atrás. Com Mato Grosso e Goiás alinhados à safra passada, a preocupação agora fica por conta do atraso no Paraná e em Mato Grosso do Sul.