09/Fev/2023
Os futuros de milho fecharam em alta nesta quarta-feira (08/02) na Bolsa de Chicago, após o governo dos Estados Unidos ter reduzido em 5 milhões de toneladas sua previsão para a safra da Argentina. Em seu relatório de oferta e demanda, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) cortou a estimativa de safra de 52 milhões de toneladas para 47 milhões de toneladas. O corte foi motivado por reduções tanto da área quanto do rendimento. A estimativa de embarques passou de 38 milhões de toneladas para 35 milhões de toneladas. O vencimento março do grão subiu 4,50 cents (0,67%), e fechou a US$ 6,78 por bushel. O USDA deverá cortar novamente suas projeções para a Argentina nos próximos meses. A expectativa para a produção de milho no Brasil foi mantida em 125 milhões de toneladas.
A previsão de exportações foi aumentada de 47 milhões de toneladas para 50 milhões de toneladas. Enquanto isso, a Bolsa de Comércio de Rosário reduziu em 7,5 milhões de toneladas sua estimativa para a safra de milho da Argentina, refletindo a forte estiagem que vem castigando as áreas de cultivo do país. A projeção passou de 50 milhões de toneladas para 42,5 milhões de toneladas, o que representa queda de quase 17% ante o ciclo anterior e a menor colheita argentina em cinco anos. O rendimento esperado, de 6.410 quilos por hectare, seria a quarta pior marca em 15 anos. Por causa do déficit hídrico, cerca de 1,3 milhão de hectares deixarão de ser colhidos. O USDA projetou as reservas de milho nos Estados Unidos ao fim de 2022/2023 em 32,17 milhões de toneladas, em comparação a 31,54 milhões de toneladas projetadas em janeiro.
A previsão de estoques mundiais foi reduzida de 296,42 milhões de toneladas para 295,28 milhões de toneladas. O relatório mensal do USDA não trouxe grandes surpresas. O mercado provavelmente voltará a se concentrar no clima na América do Sul e na demanda global. Dados de produção de etanol nos Estados Unidos limitaram os ganhos. No país, o biocombustível é feito principalmente com milho. Segundo a Administração de Informação de Energia do país, a produção média foi de 1 milhão de barris por dia na semana encerrada em 3 de fevereiro, queda de 2,72% ante a semana anterior. Além disso, o USDA reduziu em 635 mil toneladas sua previsão de uso de milho para fabricação de etanol em 2022/2023.