30/Jan/2023
Se o Brasil se transformou em referência mundial na produção de etanol de cana-de-açúcar, com a maior frota global de veículos movidos com esse biocombustível, o País agora avança numa nova frente: o etanol de milho. Atraindo investimentos bilionários e atendendo a agenda mundial de descarbonização, o Brasil já se tornou o segundo maior produtor global de etanol de milho, atrás dos Estados Unidos. Nos últimos cinco anos, a produção saltou de 520 milhões de litros para 4,5 bilhões de litros, um crescimento de 800%.
A estimativa da União Nacional do Etanol de Milho (Unem) é que ela chegue a 10 bilhões de litros até 2030, aumentando a participação no mercado nacional de etanol de 15% para 20%. Especialistas destacam que enquanto a cana-de-açúcar só está disponível durante cerca de oito meses do ano e o processamento tem de ser feito logo após a colheita, o milho pode ser armazenado por períodos de até três anos. O crescimento da produção de milho, especialmente a 2ª safra, tornou-se uma oportunidade para fabricar o etanol desse grão no País.
A safra 2020/2021 foi de 87,1 milhões de toneladas, enquanto a safra 2022/2023 chegou a 126,4 milhões de toneladas. As primeiras usinas se instalaram na Região Centro-Oeste, maior produtora do Brasil, em estados como Mato Grosso e Goiás. Mas, já existem unidades em São Paulo e no Paraná. São 28 usinas no total que atraíram R$ 15 bilhões em investimentos da iniciativa privada. Fonte: O Globo. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.