30/Jan/2023
Os futuros de milho fecharam perto da estabilidade na sexta-feira (27/01) na Bolsa de Chicago. O vencimento março do cereal ganhou 0,50 cent (0,07%), e fechou a US$ 6,83 por bushel. Na semana passada, acumulou ganho de 1%. O desempenho refletiu em parte perdas na safra do Rio Grande do Sul. Segundo a Emater-RS, houve abandono de lavouras para o consumo dos animais em regiões mais afetadas pela estiagem. Em todo o Estado, 56.773 produtores foram atingidos.
Os casos mais graves de danos estão em Bagé, Frederico Westphalen e Santa Maria. O tempo mais seco do que o normal tem sido especialmente prejudicial à safra de milho no Estado. Esse fator foi contrabalançado pelo avanço do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. O Brasil vem embarcando grandes volumes e afetando a demanda pelo grão norte-americano.
O escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Pequim afirmou que a China pode importar um volume significativo de milho do Brasil em 2022/2023, tendo em vista os preços atuais do grão norte-americano, a guerra na Ucrânia e o acordo fitossanitário entre Brasil e China. O recuo do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol, também pesou sobre as cotações. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho.