27/Jan/2023
Os futuros de milho fecharam em alta nesta quinta-feira (26/01) na Bolsa de Chicago, influenciados pelo desempenho do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. A alta também foi sustentada pelo fortalecimento do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. O vencimento março do grão subiu 7,75 cents (1,15%), e fechou a US$ 6,82 por bushel.
A concorrência do Brasil, que vem exportando volumes recordes e afetando a demanda pelo grão norte-americano, impediu uma alta mais acentuada dos preços. O escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Pequim afirmou que a China pode importar um volume significativo de milho do Brasil em 2022/2023, tendo em vista os preços atuais do grão norte-americano, a guerra na Ucrânia e o acordo fitossanitário entre Brasil e China. Com a chegada do primeiro navio com milho brasileiro no começo de janeiro de 2023, a China provavelmente recorrerá ao Brasil para um volume substancial de suas importações de milho.
Números semanais de vendas externas dos Estados Unidos vieram dentro do esperado. De acordo com o USDA, exportadores venderam 910,4 mil toneladas de milho da safra 2022/2023 na semana encerrada em 19 de janeiro. O resultado é 20% menor que o da semana anterior, mas 46% superior à média das quatro semanas anteriores. O volume ainda está entre os maiores do ano comercial. Para 2023/2024, foram vendidas 15,5 mil toneladas.