25/Jan/2023
Os futuros de milho fecharam em alta nesta terça-feira (24/01) na Bolsa de Chicago, refletindo um movimento de correção após quatro quedas seguidas. No período, a commodity acumulou perda de 2,77%. O desempenho também foi influenciado pelo avanço do trigo, que é seu substituto direto em ração animal. Sinais de demanda pelo milho norte-americano contribuíram para os ganhos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 130 mil toneladas de milho para destinos não revelados, com entrega prevista para o ano comercial 2022/2023.
O vencimento março do grão subiu 10,75 cents (1,61%), e fechou a US$ 6,77 por bushel. A queda do dólar ante o Real, que tende a desestimular as vendas do Brasil, também impulsionou as cotações. O País vem exportando volumes recordes nos últimos meses e afetando a demanda pelo cereal dos Estados Unidos. A Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec) aumentou sua previsão de exportações brasileiras de milho em janeiro, de 5,178 milhões de toneladas para 5,20 milhões de toneladas. O recuo do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol, impediu uma alta mais acentuada dos preços. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho.
Quanto à colheita do milho safra de verão (1ª safra 2022/2023) no Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que os trabalhos estavam 5,5% concluídos até o dia 21 de janeiro, ante 3,4% na semana anterior e 7,7% em igual período do ano anterior. O Rio Grande do Sul é o Estado mais avançado na colheita, com 24%. Os trabalhos estão atrasados, no entanto, na comparação com um ano antes, quando 27% tinham sido colhidos.