24/Jan/2023
Os futuros de milho fecharam em baixa nesta segunda-feira (23/01) na Bolsa de Chicago, influenciados pelo desempenho do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal. O vencimento março do milho recuou 10,00 cents (1,48%), e fechou a US$ 6,66 por bushel. O mercado também foi pressionado pelas chuvas na Argentina, que podem conter as perdas e favorecer as lavouras implantadas mais tarde.
Na semana passada, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu em 5,5 milhões de toneladas sua estimativa para a produção de milho na Argentina na temporada 2022/2023, de 50 milhões de toneladas para 44,5 milhões de toneladas. No ciclo anterior, foram colhidos 52 milhões de toneladas. O ajuste para baixo foi motivado pela estiagem no leste do país, que vinha afetando a expectativa de rendimento. A concorrência do Brasil, que vem exportando volumes recordes nos últimos meses e afetando a demanda pelo grão dos Estados Unidos, também pesou sobre as cotações.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 727.643 toneladas de milho foram inspecionadas para exportação em portos norte-americanos na semana até 19 de janeiro, queda de 6,69% ante a semana anterior. No atual ano-safra, o volume inspecionado de milho norte-americano totaliza 11,51 milhões de toneladas, queda de 30,3% em relação a igual período da temporada anterior. A AgRural informou que a colheita do milho safra de verão (1ª safra 2022/2023) alcançou 5,9% da área cultivada no Centro-Sul do Brasil até o dia 19 de janeiro, em comparação com 4,5% na semana anterior e 10,9% um ano atrás. Os trabalhos continuam concentrados nos três Estados da Região Sul do País.