20/Jan/2023
Os futuros de milho reverteram ganhos e fecharam em baixa nesta quinta-feira (19/01) na Bolsa de Chicago. O mercado foi pressionado pela concorrência do Brasil, que vem exportando volumes recordes nos últimos meses. Segundo a Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec), o País deve embarcar 5,178 milhões de toneladas de milho em janeiro. A alta do dólar ante o Real, que tende a estimular as vendas externas brasileiras, também pesou sobre as cotações.
Os negócios também foram influenciados pela previsão de chuvas na Argentina, que devem aliviar um pouco a estiagem no país. O vencimento março do grão perdeu 4,00 cents (0,59%), e fechou a US$ 6,77 por bushel. Dados de produção e estoques de etanol nos Estados Unidos impediram uma queda mais acentuada dos preços. No país, o biocombustível é feito principalmente com milho. De acordo com a Administração de Informação de Energia, a produção média foi de 1,008 milhão de barris por dia na semana encerrada em 13 de janeiro.
O volume representa aumento de 6,9% ante o registrado na semana anterior, de 943 mil barris por dia. Os estoques do biocombustível diminuíram 1,68%, para 23,4 milhões de barris. O fortalecimento do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol, também limitou as perdas. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores do país relataram venda de 195 mil toneladas de milho para a México, com entrega prevista para o ano comercial 2022/2023.