18/Jan/2023
Segundo a Stonex, a produção de milho safra de verão (1ª safra 2022/2023) no Rio Grande do Sul deve alcançar a marca de 3,5 milhões de toneladas, queda de 22,2% ante a safra anterior 2021/2022. O Estado não teve regularidade das chuvas (durante o desenvolvimento), o que consolidou a quebra de safra. A área semeada no Estado deve alcançar a marca de 780 mil toneladas na temporada atual. O Rio Grande do Sul semeia o milho antes do que os outros Estados produtores, entre o fim de junho e início de setembro e, por isso, as lavouras foram prejudicadas pelo clima quente e baixa precipitação. Hoje, a realidade é diferente do que foi o ano passado, quando se teve quebra expressiva para soja e milho.
As chuvas não vieram como o esperado, mas aconteceram em fatias importantes do Estado. O milho gaúcho apresenta condições melhores em comparação com a temporada anterior, apesar das quedas potenciais, com algumas regiões apontando queda de produtividade em até 50%. Mas, não é realidade generalizada no Estado. Há quebras, mas não alcançam essas proporções. A StoneX projeta queda no consumo de milho no Estado. O volume deve ficar entre 370 mil toneladas a 400 mil toneladas no Rio Grane do Sul na safra 2022/2023. É a quarta temporada consecutiva de frustração da safra de milho. A redução da produção deixa o Estado mais dependente de milho importado.
O Estado compra milho 2ª safra, mas também o grão vindo de fora do País, do Paraguai e da Argentina. Essa dinâmica acaba trazendo problemas para a indústria consumidora local. Há uma redução gradativa ano a ano do consumo no Rio Grande do Sul. Do lado das exportações, o Brasil terá uma forte demanda de milho de outros países. O País está se consolidando como player exportador de milho, mas neste contexto de estoque ajustado e demanda menor, há o fator comercialização. Neste momento ela está muito baixa, tanto para a safra de soja, quanto de milho. É um ano crítico para a realidade do mercado de milho. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.