21/Dez/2022

Os futuros de milho fecharam em alta nesta terça-feira (20/12) na Bolsa de Chicago (CBOT). O mercado foi impulsionado em parte pelo avanço do petróleo, que melhora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. A queda do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, também deu suporte às cotações. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu a previsão de embarques brasileiros de milho em dezembro para 6,579 milhões de toneladas, ante 6,715 milhões de toneladas previstas na semana passada. A concorrência do Brasil, que vem exportando volumes recordes neste ano, é um dos fatores que têm pressionado as cotações do grão na CBOT.

O vencimento março subiu 4,75 cents (0,73%), para US$ 6,52 por bushel. A lentidão dos embarques de grãos ucranianos no Mar Negro também influenciou os negócios. O fluxo de grãos atingiu 514.848 toneladas entre 12 e 18 de dezembro, queda de 22% ante a semana anterior e o menor nível semanal desde agosto. Já o volume médio transportado por navio caiu 26%, para 25.742 toneladas. A redução se deve ao clima desfavorável, atrasos na colheita e ataques russos. Embora os preços tenham subido, muitos traders estão retraídos com a proximidade das festas de fim de ano. A falta de interesse de compra é generalizada.

Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.