19/Dez/2022
Os futuros de milho fecharam perto da estabilidade na sexta-feira (16/12) na Bolsa de Chicago. O vencimento março cedeu 0,50 cent (0,08%), e fechou a US$ 6,53 por bushel. Na semana passada, acumulou ganho de 1,40%. Os negócios foram influenciados em parte pelo enfraquecimento do petróleo, que diminui a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. Temores de uma recessão global também pesaram sobre os contratos do grão. A concorrência do Brasil, que vem exportando volumes recordes em 2022, foi outro fator baixista para o milho.
Ao mesmo tempo, a demanda externa pelo grão norte-americano tem ficado abaixo da expectativa, embora dados publicados na quinta tenham mostrado boas vendas dos Estados Unidos na semana até 8 de dezembro. No ano comercial corrente, os embarques de milho dos Estados Unidos estão 31% abaixo do nível registrado em igual período do ciclo anterior. Segundo a AgResource, com a proximidade das festas de fim de ano, o interesse de investidores nos mercados de commodities agrícolas começa a diminuir, com provável queda da liquidez.
Esses fatores foram contrabalançados pelo atraso do plantio na Argentina. Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, o plantio de milho no país atingiu 42,6% da área projetada de 7,3 milhões de hectares, avanço semanal de 9,9%. Na comparação com a data correspondente do ano passado, há um atraso de 5,1%. A parcela da safra em condição boa ou excelente se manteve em 18%. A parcela em condição normal passou de 56% para 59%. A parcela em condição regular ou ruim caiu de 26% para 23%.