09/Dez/2022
Os futuros de milho fecharam em leve alta nesta quinta-feira (08/12) na Bolsa de Chicago, com a expectativa de clima quente e seco na Argentina. De acordo com a meteorologia, há possibilidade de chuvas isoladas nas áreas de cultivo do país até o início da próxima semana, mas o calor intenso poderá causar danos nas lavouras. No restante da próxima semana, a expectativa é de temperaturas mais baixas, mas tempo bastante seco. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que o plantio de milho na Argentina alcançou 32,7% da área projetada de 7,3 milhões de hectares, avanço semanal de 7,3%. Na comparação com a data correspondente do ano passado, há um atraso de 6,8%.
O vencimento março do cereal ganhou 1,25 cent (0,19%), e fechou a US$ 6,42 por bushel. Uma menor estimativa para a safra brasileira também deu algum suporte aos preços. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou a produção de milho no Brasil em 125,83 milhões de toneladas, ante 126,4 milhões de toneladas no levantamento de novembro. A nova projeção representa aumento de 11,2% ante a safra anterior. Os ganhos foram limitados por ajustes de posição antes do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta sexta-feira (09/12). Os estoques finais de milho nos Estados Unidos devem ser estimados em 31,52 milhões de toneladas, em comparação a 30,02 milhões de toneladas projetados em novembro.
A estimativa para estoques globais de milho deve passar de 300,8 milhões de toneladas para 300,9 milhões de toneladas. As exportações norte-americanas podem ser ajustadas para baixo, já que os preços atuais continuam pouco atraentes para compradores estrangeiros. Dados semanais de vendas externas dos Estados Unidos vieram dentro da expectativa do mercado. De acordo com o USDA, exportadores venderam 691,6 mil toneladas de milho da safra 2022/2023 na semana encerrada em 1º de dezembro. O México foi o principal destino, com 333,1 mil toneladas, seguido pela China, com 204,9 mil toneladas.