05/Dez/2022
Os contratos futuros de milho fecharam em baixa na Bolsa de Chicago na sexta-feira (02/12), pela quarta sessão consecutiva. A desvalorização foi ampliada pela decisão da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) de definir em 20,82 bilhões de galões as metas de mistura de combustível renovável no combustível fóssil para 2023. O resultado representa um aumento de menos de 1% em relação à mistura de 2022 e decepcionou defensores da energia limpa, que esperavam anúncio de um volume mais considerável. O etanol é produzido principalmente a partir de milho nos Estados Unidos.
O vencimento março caiu 14,25 cents (2,16%) e fechou a US$ 6,46 por bushel. As cotações do grão ainda acompanharam o trigo em queda, já que os cereais são substitutos diretos na fabricação de ração animal. Os preços podem também ter sido pressionados pela alta do índice DXY durante o pregão. O índice mede o dólar ante outras seis principais moedas estrangeiras. A alta da moeda norte-americana tende a tornar as commodities cotadas na divisa dos Estados Unidos menos atraentes para investidores estrangeiros, podendo resultar em aumento na oferta global.
A desvalorização do milho foi contida pelo ritmo de produção do grão na Argentina. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que o plantio de milho da safra 2022/2023 na Argentina atingiu na semana passada 25,4% da área inicialmente prevista de 7,3 milhões de hectares. Ainda há um atraso de 5,7% em relação à safra 2021/2022. As reservas de água em parte da área agrícola nacional começaram a mostrar sinais de déficit. São necessárias novas chuvas que permitam melhorar os níveis de umidade e atender à demanda das plantações.