02/Dez/2022
A consultoria StoneX elevou sua previsão para a 2ª safra de milho de 2023 do Brasil para 99,6 milhões de toneladas, 0,4% acima do colhido na 2ª safra de 2022. Para a safra de verão (1ªsafra 2022/2023), a produção está estimada em 28,6 milhões de toneladas (+8,1%), contra 29,25 milhões de toneladas na safra anterior. O plantio de milho safra de verão já foi praticamente finalizado nas Regiões Sul e Sudeste. De modo geral, a semeadura apresentou um ritmo em linha com a média, o que favorece as perspectivas para a produtividade.
Por outro lado, é importante pontuar que o desempenho da safra de verão (1ª safra 2022/2023) ainda dependerá de uma boa condição climática nos próximos meses e, portanto, novas revisões não estão descartadas. Em relação à 2ª safra de 2023 os Estados das Regiões Norte e Nordeste devem apresentar aumento de área plantada, incentivados pela redução no preço dos insumos. A perspectiva é de aumento de área na comparação com a temporada 2021/2022, para 17,94 milhões de hectares. Cabe destacar também, neste aumento de área, os Estados do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins e Piauí), além de Mato Grosso e Pará. Considerando os ajustes, a produção total, incluindo a 3ª safra de 2023, avançou para 130,3 milhões de toneladas.
Em relação ao balanço de oferta e demanda, vale destacar o aumento nas exportações em 2021/2022, de 42 milhões de toneladas para 45 milhões de toneladas, e no consumo doméstico, de 76 milhões de toneladas para 76,5 milhões de toneladas. Ainda pelo lado da demanda, em novembro foi anunciado o embarque de alguns navios de milho do Brasil para a China. Após os problemas envolvendo a oferta do cereal ucraniano, a China tem procurado ampliar seus fornecedores, buscando garantir uma maior segurança na disponibilidade do cereal e reduzir a sua dependência do grão dos Estados Unidos. Será importante acompanhar como ocorrerá a evolução do comércio entre os dois países, visto que poderá afetar o balanço brasileiro.
A consultoria Datagro fez leve ajuste na previsão de produção da safra de verão de milho (1ª safra 2022/2023), de 25,99 milhões de toneladas para 25,97 milhões de toneladas, em um cenário de relativa normalidade climática e utilização de bom padrão de tecnologia. A projeção é de que 19,17 milhões de toneladas viriam do Centro-Sul e 6,80 milhões de toneladas do Norte/Nordeste. O volume superaria em 3% os 25,20 milhões de toneladas da prejudicada safra de 2021/2022. A projeção de área plantada caiu de 4,54 milhões de hectares previstos em novembro para 4,45 milhões de hectares. O plantio ficaria abaixo dos 4,6 milhões de hectares de 2021/2022. Apesar da motivação via preços elevados e remuneradores, a limitação ocorre pela forte alta nos custos de produção.
Para a 2ª safra de 2023, o potencial de produção do País está estimado em 100,32 milhões de toneladas, ante 96,79 milhões de toneladas previstos no começo de novembro. O volume ficaria 6% acima da temporada atual, com uma safra de 94,45 milhões de toneladas. A Região Centro-Sul deve produzir 91,12 milhões de toneladas e o Norte/Nordeste, 9,20 milhões de toneladas. A previsão de área plantada, que no mês passado era de 18,66 milhões de hectares, foi ajustada para 18,97 milhões de hectares. O plantio deve superar em 4% os 18,25 milhões de hectares deste ano. A produção nas duas safras deve atingir 126,30 milhões de toneladas, 6% superior à revisada e recorde safra atual, de 119,65 milhões de toneladas. Em novembro, a projeção era de 122,79 milhões de toneladas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.