17/Out/2022
Os futuros de milho fecharam em baixa na sexta-feira (14/10) na Bolsa de Chicago. O mercado foi pressionado pelo resultado do relatório de vendas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Os contratos também foram influenciados pelo desempenho do trigo. Os dois grãos são substitutos diretos em ração animal e, por isso, tendem a se mover na mesma direção. O vencimento dezembro do grão, o mais líquido, recuou 8,00 cents (1,15%), e fechou a US$ 6,89 por bushel. Na semana passada, acumulou ganho de 0,95%. O USDA informou que os Estados Unidos comercializaram 200,2 mil toneladas para a safra 2022/2023 e 60,5 mil toneladas para o ano-safra 2023/2024, abaixo do intervalo esperado pelos analistas.
Trata-se de uma queda de quase 12% em relação à semana anterior, que já não era exatamente um número muito favorável. O mercado do grão também foi pressionado pelo avanço do dólar ante as principais moedas, pelos temores quanto à recessão e pelo petróleo fortemente desvalorizado nas bolsas internacionais. O recuo do combustível fóssil piora a competitividade relativa do etanol. Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que o plantio de milho da safra 2022/2023 na Argentina alcançou 16,4% da área prevista na última semana. Na comparação com igual data do ano passado, o plantio está 7,7% atrasado.