06/Out/2022
Segundo a StoneX, o ritmo lento de comercialização de milho 2ª safra de 2022 no mercado interno, abaixo do patamar das últimas quatro temporadas, pode pressionar os produtores a venderem o grão nos próximos meses para liberar espaço em armazéns e silos. Caso o ritmo de comercialização se mantenha abaixo do normal é possível que haja pressão maior das vendas e recuo dos preços. Os vendedores seguraram as ofertas apostando na rentabilidade no mercado externo, com a seca nos Estados Unidos e na Europa e as incertezas quanto à produção de outros países da América do Sul, como a Argentina.
Enquanto 40% da produção já havia sido comercializada em setembro de 2020 e cerca de 20% em 2021, nesta temporada o mercado está em torno de 10% do total produzido. Além do ritmo de comercialização abaixo do normal, do lado dos fundamentos baixistas para os preços do grão pode-se citar a produção recorde no Brasil na temporada 2021/2022 e as boas perspectivas para a temporada 2022/2023, os lockdowns para combate à Covid-19 na China, a possível desaceleração econômica mundial e o avanço da colheita do grão nos Estados Unidos.
Em contrapartida, a expectativa é de que a volatilidade persista no mercado do grão e, como fatores altistas, pode-se citar a possibilidade de cortes mais profundos das estimativas de produção de milho nos Estados Unidos pelo Departamento de Agricultura do país (USDA), a escalada do conflito no Mar Negro e novas restrições no mercado de grãos ucraniano, eventuais quebras de safra em decorrência do La Niña na América do Sul e a possibilidade de redução da produção da União Europeia por conta das secas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.