06/Out/2022
Segundo a StoneX, a demanda por milho para produção de etanol deve continuar avançando no Brasil e é esperado que esse mercado ganhe cada vez mais importância. Cada vez mais o milho tem tido participação importante na produção do biocombustível no País. Segundo dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), espera-se que, na safra 2022/2023, a produção de etanol se aproxime de 11 milhões de toneladas (de abril de 2022 a março de 2023) e fique próximo de 14 milhões de toneladas na temporada 2023/2024. A produção de milho tem aumentado ano a ano, permitindo essa expansão do etanol.
Das 44 milhões de toneladas produzidas em Mato Grosso, o Estado consome 13 milhões de toneladas, das quais no máximo 10 milhões de toneladas são direcionadas para etanol de milho. Nos próximos anos, espera-se que haja expansão do mercado interno do Estado para até 19 milhões de toneladas. Possivelmente, todo o ano vai aumentar a oferta de milho para consumo interno e para exportação, salvo um grande problema climático. Além do etanol, o aumento do consumo de biodiesel no Brasil pode puxar demanda por óleo de milho. Há possibilidade de aumento de consumo de biodiesel no Brasil e o óleo de milho, hoje, é uma das matérias-primas mais baratas para o biodiesel.
Ainda no âmbito dos coprodutos de milho para o mercado, os grãos secos de destilaria (DDG) com teor de proteína de 30% e 40%, especialmente, são substitutos diretos do farelo de soja. O pecuarista e o criador de aves têm se adaptado ao DDG. Há uma migração do farelo para o DDG. Para suprir toda a demanda pelo produto, talvez tenha que haver uma melhora da logística dos portos do Arco Norte para o DDG. As exportações de farelo de soja de Mato Grosso aumentaram, porque DDG atendeu parte do mercado doméstico de farelo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.