04/Out/2022

A consultoria StoneX revisou para baixo sua projeção de produção de milho na safra de verão (1ª safra 2022/2023), em 2% na comparação com a estimativa de setembro, para 29,247 milhões de toneladas. Apesar do corte, o número atual ainda é 10,6% maior que o da produção de 2021/2022, de 26,434 milhões de toneladas. O corte promovido em outubro decorre da redução da área plantada com o cereal em Minas Gerais, de 10% em comparação à estimativa anterior, para 684 mil hectares. A área atual é 15% menor do que a cultivada no Estado na safra 2021/2022. Assim, a previsão atual de produção é de 5,47 milhões de toneladas de milho na safra de verão (1ª safra 2022/2023) em Minas Gerais, o que afetou a estimativa de produção nacional.

Ainda assim, as perspectivas seguem apontando para um crescimento no comparativo anual. Até o momento, o plantio está ocorrendo em ritmo dentro da normalidade, mas alguns riscos causam apreensão entre os agentes. Com a perspectiva de influência do La Niña no clima do Brasil por mais um ano, os agricultores estão preocupados com potenciais impactos para o desenvolvimento das lavouras. O Brasil deve cultivar 4,244 milhões de hectares de milho na safra de verão (1ª safra 2022/2023) e obter uma produtividade média de 6,89 toneladas por hectare (ante 6,91 por hectare esperadas em setembro, quando a estimativa era 4,320 milhões de hectares cultivados). Apesar da previsão de uma safra de verão (1ª safra 2022/2023) menor, a estimativa de produção total de milho no País foi elevada, de 125,1 milhões de toneladas para 126,3 milhões de toneladas.

Isso porque houve elevação da projeção de colheita de milho 2ª safra de 2023 em Mato Grosso no ciclo 2021/2022, que subiu de 42,1 milhões de toneladas para 44 milhões de toneladas. Como os números por Estado da 2ª safra de 2023 ainda estão repetindo o mesmo nível estimado para o ciclo anterior, a redução na produção da safra de verão (1ª safra 2022/2023) foi compensada. Quanto a dados de demanda, não há alterações nas estimativas. A StoneX segue prevendo estoques finais em 2022/2023 de 16,82 milhões de toneladas. A demanda doméstica deve consumir 80 milhões de toneladas de milho na temporada (acima dos 76 milhões de toneladas em 2021/2022) e o mercado externo, 45 milhões de toneladas (ante 42 milhões em 2021/2022). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.