22/Set/2022
Segundo a União Nacional do Etanol de Milho (Unem), o Informe Técnico 06/SBQ apresentado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na última semana, que qualifica cadeias de abastecimento de grãos e de óleos vegetais que produzem e fornecem biomassa energética para o programa RenovaBio, deve fazer com que a matéria-prima elegível ao programa para produção de etanol de milho passe de 40% para até 70%.
O informe da ANP detalha procedimentos que os produtores e os intermediários da cadeia de produção de biocombustíveis terão de seguir para qualificarem a biomassa energética de grãos e óleo vegetal, incluindo possíveis intermediários, no âmbito do programa brasileiro de biocombustíveis, RenovaBio. Diferentemente do que ocorre com a cana-de-açúcar, não existe contrato de fornecimento contínuo para a produção de etanol de milho.
Nesse contexto, 40% da matéria-prima que era fornecida direto da propriedade para a usina era considerada elegível ao programa, mas 60% “se perdiam” dentro da cadeia de custódia entre armazéns, cerealistas e tradings. Com a mudança do informe, será possível trazer ‘para dentro’ do programa mais 25% a 30% de matéria prima. É uma grande evolução. Apesar de o informe ser positivo, o RenovaBio ainda poderia ser mais favorável ao etanol de milho e outros biocombustíveis à base de grãos.
Esses produtos, na metodologia do programa, são mais penalizados em comparação com a cana-de-açúcar. É preciso trazer para uma penalidade menor e elegibilidade maior ao setor. A CerradinhoBio, empresa do setor de biocombustíveis e bioeletricidade, reforçou essa visão dizendo que a pegada de carbono do etanol de milho não é menor que a da cana-de-açúcar. A operação de milho pode aumentar a oferta de Créditos de Descarbonização (CBios) no programa. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.