16/Set/2022
Tradings estão comprando volumes consideráveis de milho na Região Centro-Oeste, destinados à exportação. Para conseguir atrair o interesse de produtores, as empresas trabalharam nos últimos dias com prazos mais longos de embarque e pagamento, o que permite oferecer valores um pouco mais altos e, assim, fechar negócios com vendedores que priorizam preço e não prazo. Os consumidores domésticos parecem estar retornando aos poucos ao mercado. Para prazos de embarque e pagamento mais curtos, esses agentes não reduziram os preços indicados pelo cereal, ao contrário de tradings, que acompanham os fundamentos do mercado.
Em Mato Grosso do Sul, há registro de negócios com volumes consideráveis de milho, boa parte para exportação, mas também para consumo interno, a R$ 75,00 por saca de 60 Kg FOB Dourados, para retirada em novembro e pagamento em meados de dezembro. Empresas do mercado interno realizam negócios a R$ 73,00 por saca de 60 Kg, para retirada em setembro e pagamento em meados de outubro. Os exportadores indicam R$ 71,00 por saca de 60 Kg, para o embarque em setembro. Como produtor quer preço, e não prazo de entrega, acaba fazendo negócios. A negociação antecipada da 2ª safra de 2023 continua parada.
Tradings vêm mantendo suas indicações em R$ 70,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em julho e pagamento em agosto. No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, as indicações de compra estão entre R$ 90,00 e R$ 92,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. Indústrias e granjas estão recebendo milho da Região Centro-Oeste. Os produtores indicam entre R$ 95,00 e R$ 98,00 por saca de 60 Kg para travar novos acordos com o milho que resta da safra 2021/2022. A diferença de R$ 6,00 por saca de 60 Kg entre as pontas compradora e vendedora dificulta o fechamento de negócios. Os vendedores preferem segurar os grãos que possuem em estoque na expectativa de preço maior mais adiante.