30/Ago/2022
Apesar do avançado estágio da colheita de milho e dos níveis de comercialização estarem inferiores aos do ano passado em alguns Estados, os produtores não demonstram interesse em vender grandes volumes no curto prazo. Os compradores tampouco têm feito esforços para originar mais lotes, na expectativa de que a produção estocada em algum momento apareça no mercado em maior quantidade. Os preços se mantêm estáveis e os vendedores permanecem retraídos.
Em Mato Grosso, na região de Nova Mutum, os produtores têm se mantido afastados das negociações, acreditando que os preços subirão. A expectativa é que a safra dos Estados Unidos, a demanda chinesa e retorno da procura por milho por parte de usinas de etanol ajudem a elevar os preços. Há registro de negócios pontuais a R$ 65,00 por saca de 60 Kg, para embarque imediato e pagamento em 5 de setembro. Tradings indicam, para exportação, R$ 65,00 por saca de 60 Kg, para embarque imediato e pagamento em setembro. Os produtores desejam valores mais altos, na faixa de R$ 70,00 por saca de 60 Kg. Com relação à 2ª safra de 2023, não há demanda ou ofertas de lotes.
No Paraná, na região norte, há registro de negócios a R$ 83,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento no começo de outubro. Para entrega em terminais ferroviários da região norte em setembro, os compradores indicam R$ 81,80 por saca de 60 Kg, para pagamento no fim do mesmo mês. No Porto de Paranaguá, há registro de negócios a R$ 90,00 por saca de 60 Kg, para entrega em setembro e pagamento no começo de outubro. Na região dos Campos Gerais, os compradores de menor porte do mercado interno indicam R$ 83,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento em 10 dias. Contudo, há poucas ofertas e os vendedores dispostos a comercializar indicam R$ 85,00 por saca de 60 Kg ou acima.