24/Ago/2022

Os futuros de milho fecharam em forte alta nesta terça-feira (23/08) na Bolsa de Chicago, após o governo dos Estados Unidos ter informado que a área que deixou de ser plantada por causa de secas ou alagamentos aumentou significativamente na comparação com o ano passado. Mais de 1,2 milhão de hectares de milho deixaram de ser semeados neste ano, ante 259 mil hectares em 2021. Isso motivou a alta acentuada do grão. O vencimento dezembro avançou 26,25 cents (4,17%), e fechou a US$ 6,55 por bushel. A piora da condição das lavouras nos Estados Unidos também contribuiu para os ganhos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 55% da safra de milho do país apresentava condição boa ou excelente até o dia 21 de agosto, queda de 2% ante a semana anterior.

Na data correspondente do ano passado, essa parcela era de 60%. Além disso, a União Europeia reduziu sua estimativa de rendimento para o milho por causa da estiagem severa no bloco. Em julho, a expectativa era de produtividade 8% menor do que a média de cinco anos. Agora, a previsão é de que o rendimento fique 16% abaixo da média. A alta foi sustentada ainda pelo recuo do dólar ante as principais moedas e pelo fortalecimento do petróleo. A queda da moeda norte-americana torna commodities produzidas nos Estados Unidos mais atraentes para compradores estrangeiros, enquanto a alta do petróleo melhora a competitividade relativa do etanol.

Nos Estados Unidos, o biocombustível é feito principalmente com milho. A expedição de safra Pro Farmer Crop Tour estimou a produtividade média do milho em Ohio em 10,93 toneladas por hectare, recuo de 5,9% ante a projeção de um ano atrás, de 11,62 toneladas por hectare. Na comparação com a média das últimas três temporadas, o rendimento está 3,04% acima. Em Dakota do Sul, a estimativa ficou em 7,43 toneladas por hectare, 21,8% menor na comparação com a do ano passado, de 9,51 toneladas por hectare. Na comparação com a média das últimas três temporadas, o rendimento é 26,7% inferior.