09/Ago/2022
Representantes de exportadores de grãos consideraram positivos os protocolos de exportação negociados com a China para exportar milho, farelo de soja, proteína de soja e polpa cítrica, apresentados nesta sexta-feira pelo Ministério da Agricultura ao setor. Agora os terminais portuários, fábricas e empresas interessadas devem manifestar até o dia 19 de agosto interesse em exportar para a China, por meio de cadastros junto ao Ministério da Agricultura. A pasta então poderá fazer a avaliação dos estabelecimentos e, na sequência, a recomendação para a Administração Geral das Alfândegas da República Popular da China (GAAC). Os adidos agrícolas darão apoio ao setor na busca de documentos oficiais chineses sobre classificação de milho e padrão de qualidade de farelo e proteína de soja na China.
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), é um avanço bem positivo. São procedimentos que procuram se basear muito naquilo que já é feito, não são grandes surpresas, e trazem avanços em termos de abertura de mercado, transparência e clareza sobre prioridades fitossanitárias, quais são os principais pontos de preocupação. Foi destacada a importância do cuidado no milho com pragas quarentenárias de preocupação para a China (são 18 listadas no protocolo) e com resíduos de animais para evitar salmonela no farelo. Mas, trata-se de uma cadeia produtiva já bastante acostumada com padrões elevados de qualidade.
A Associação Nacional dos Exportadores de Grãos (Anec) afirmou que o protocolo para exportar milho à China é uma conquista para o setor e que as empresas associadas veem a China como um mercado promissor para o cereal. O interesse exportador é dos maiores já visto. O documento (protocolo) ficou o mais razoável possível, tornando viável exportar milho para a China. Para tanto, não haverá tolerância para pragas quarentenárias. Antes de tudo, reuniões de conscientização com o pessoal da área de campo vão ser muito necessárias. A cadeia do milho tem sido receptiva para discutir possíveis ajustes. Cumprir o que os chineses estão pedindo vai ser relativamente fácil. Apesar disso, serão redobrados os cuidados com amostragem no recebimento dos caminhões, estocagem e logística. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.